quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Johnny English Reborn

Esta segunda-feira tive a oportunidade de ver em ante-estreia Johnny English Reborn, a sequela já aguardada de Johnny English, que fez bastante sucesso.

Mantendo-se fiel à premissa original, Johnny English faz o papel de agente do MI7, que tende a ser trapalhão. No entanto, nota-se uma evolução psicológica da personagem, resultante do seu período de desenvolvimento espiritual no Tibete. Mais velho, apresenta menos agilidade, mas segundo as palavras do chefe espiritual, “ganha sabedoria”. Assim, fazendo uso disso, tenta desmascarar a operação de tentativa de assassinato do primeiro-ministro chinês. Rowan Atkinson volta a desempenhar bem a personagem, denotando mais charme do que no filme anterior, bebendo inspiração nas primeiras aparições de James Bond. De facto, a meu ver, é um filme muito mais próximo da linhagem de 007 do que o anterior, por várias razões. Uma delas é a psicóloga do MI7 e que se torna amiga de Johnny English, Rosamund Pike, Bond Girl de Die Another Day (2002), que nesse filme, passa para o lado vilão. Tal como muitos fãs de James Bond pensaram na altura, Rosamund Pike dava uma muito melhor Bond Girl que Halle Berry. Neste filme, a justiça é reposta, e é-lhe dado um papel que desempenha bastante bem.

Por outro lado, passa por diversos cenários, tendo com um dos cenários clímax, os Alpes Suíços, trazendo lembranças aos aficionados da saga Bond, criadas pelas semelhanças geográficas com On Her Majesty's Secret Service (1969).
Relativamente ao humor, é um filme bem disposto, que conseguiu arrancar diversas gargalhadas ao público, mesmo nas cenas que tendem a ser previsíveis. Falando em previsibilidade, é de referir a recorrente piada em que Johnny English troca personagens semelhantes e ataca-as, pensando ser outra, o que gera alguns momentos de forte risada.

Apesar de conter algumas cenas onde falta o rigor científico, e que obviamente nunca poderiam acontecer na vida real, tem de ser interpretado como um filme de acção e comédia, e portanto, são admissíveis.

Em suma, é um bom filme, óptimo para uma sessão ao serão com a família, e que não posso deixar de recomendar aos fãs do original.


Nota 8/10